domingo, 26 de julho de 2015

Melhores resultados: acorde do transe e deixe sua marca no mundo

Por: Pierre Januário (*)


Certa vez, ao sair de casa, indo para a academia exercitar o corpo, andando pela rua, calmamente, passei por algumas residências e sem muito esforço conseguia enxergar dentro das salas de cada uma delas, em algumas não via nada, em outras me deparei com a mesma cena, uma ou duas pessoas, sentadas no sofá, em frente a televisão, totalmente em transe, não conversavam, não trabalhavam, não interagiam, estavam imóveis, paralisadas, dominadas pelo sistema, pelo canto da sereia de algum programa, não produziam nada. Não somavam nada, além de audiência. Aquilo me chamou muito a atenção. Na volta para casa passei por eles e estavam no mesmo lugar, da mesma forma, ainda imóveis, ainda zumbis.

Depois de muito refletir e respeitando o livre arbítrio de cada um, conclui que aquela situação era tão comum que passa despercebida em nosso dia a dia, não são poucas as pessoas que estão no mundo e não compreendem ou não despertam para seu papel no nesta vida, não percebem a grande contribuição que podem dar para o universo, não conseguem enxergar o tamanho do nosso planeta e quantas oportunidades este ecossistema nos propicia para descobertas e contribuições.

Independentemente da quantidade de dinheiro que você possui, da região que você mora, do problemas em sua vida, cada um pode e deve sair do transe, sair da condição de zumbi e buscar viver novas, diferentes e empolgantes experiências, isso não depende de ninguém, é uma decisão individual , precisa acontecer primeiro na mente e depois no mundo real, para isso, a mente precisa estar livre e alimentada com coisas boas, que permitam sonhar e desejar.

Uma música que sempre gostei e que retrata esta situação com poesia é “Pequeno perfil de um cidadão comum” de Belchior, ela fala de um cidadão, honesto, bom e comovido, que tem no fim da tarde a sensação da missão cumprida, que sempre falava de negócios, sorria, pegava o metrô, ia do trabalho para casa e de volta ao trabalho, dizia sempre sim aos seus senhores e acreditava que com dinheiro não há coisas impossíveis, porém o anjo do senhor desceu do céu para uma cerveja com ele no seu canto e a morte o carregou feito um pacote no seu manto.

O fim é sempre o mesmo, a morte, e nossa existência é tão curta que passar horas na frente da tv, ou anos fazendo o que não gosta esperando apenas a aposentadoria para viver, ou deixando de realizar algo que sempre sonhou por medo, ou não dizendo o quanto ama alguém é ser condenado à morte antecipadamente, viver em uma prisão sem grades mas forte o suficiente para lhe sufocar minuto a minuto.

O que nos diferenciará no mundo e nos fará sermos lembrado, é o legado que deixarmos, as coisas boas que realizarmos, as marcas que fizermos nos corações e almas das pessoas. Alguns são lembrados pelo que escreveram, outros pelo que construíram, outros pelo que pintaram, outros pela ajuda que prestaram e outros pela energia, amor e vontade de viver. Ninguém é lembrado pelo que não fez, mas pelo que fez, pelo que realizou.

Se você quer deixar sua marca no mundo e morrer lembrado, faça, realize, agora já, não fique apenas assistindo sua vida passar, problemas sempre irão existir, enfrente-os, resolva-os mas realize seus sonhos, não abdique deles nunca, não seja apenas expectador no filme de sua vida, seja o roteirista e o ator principal e construa um final feliz.



(*) Pierre Januário. Administrador, Mestre em Gestão de Empresas, MBA em Gerenciamento de Projetos, Esp em Desenvolvimento Econômico Local e Gestão de Empresas.

3 comentários:

Sérgio disse...

Caro Pierre, bom texto.Esse "transe" se reflete em alguns alunos, professores, gestores e em algumas empresas. Para nós educadores é preciso identificar o que realmente pode motivar essas pessoas a iniciarem um processo de mudança. Mas, a verdadeira mudança só é possível se realmente comprarem a ideia. Não adianta ler livros de auto-ajuda e as assistir palestras motivacional que não servem para muita coisa.

Manu disse...

Excelente reflexão!

Manu disse...

Excelente reflexão!