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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
CÂMBIO - Câmbio traz preocupação
A forte desvalorização do dólar não está causando dor de cabeça apenas aos exportadores, mas também à equipe econômica do governo.
Ontem, a moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 1,734 para a venda, com queda de 0,76% em relação à véspera. O valor está abaixo do limite que a equipe do ministro da Fazenda, Guido Mantega, considera aceitável para a economia: R$ 1,85.
Na avaliação da secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Tatiana Prazeres, o dólar está muito barato. "A taxa de câmbio atual não está em um nível de conforto para o exportador brasileiro", afirmou. Ela ressaltou que a moeda norte-americana desvalorizada afeta a balança comercial nos dois sentidos. "Favorece as importações, aumentando a competitividade com os produtos brasileiros, e prejudica as exportações, deixando os produtos nacionais mais caros lá fora", explicou.
Fora do país, a Organização Mundial do Comércio (OMC) finalmente atendeu o pedido feito pelo governo brasileiro no ano passado e marcou para 27 e 28 de março, em Genebra, na Suíça, um seminário internacional para tratar da relação entre taxas de câmbio e comércio global. Enquanto isso, o governo tenta encontrar uma saída para evitar a queda livre do dólar. A desvalorização da moeda contribuiu fortemente para a desaceleração no crescimento da atividade industrial de 10,5% em 2010 para 0,3% em 2011.
Novas regras
"Uma série de medidas para estimular as exportações estão em estudo e elas serão anunciadas até março", disse Tatiana. Além disso, novas regras cambiais estão em discussão no Ministério da Fazenda e o resultado negativo da balança comercial de janeiro fará com que os demais ministérios busquem alternativas para melhorar as vendas nacionais no mercado externo. "O financiamento às exportações é um componente importante a ser adotado. Também estamos buscando a simplificação das exportações e fazendo com que as empresas de menor porte também passem a exportar", adiantou.
Fonte: Correrio Braziliense (2/2/2012)
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
BALANÇA COMERCIAL - Balança deve registrar déficit de US$ 1 bi / Eliane Oliveira
Último resultado comercial negativo havia sido há 2 anos.
A menos que, de um dia para o outro, seja registrada às pressas alguma megaoperação de vendas ao exterior por empresa brasileira de grande porte no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), o governo anunciará hoje um déficit próximo a US$ 1 bilhão na balança comercial de janeiro. O último saldo negativo mensal fora contabilizado no mesmo mês de 2010, no valor de US$ 181 milhões. O motivo é que o mundo, além de mais protecionista, está comprando menos.
Até a terceira semana de janeiro, as importações haviam superado as exportações em US$ 1,2 bilhão. No acumulado mensal, as vendas de minérios caíram 40,6% ante janeiro de 2011. Também houve reduções significativas nos embarques de açúcar (44,2%) e suco de laranja (75,9%) - devido a barreiras dos EUA.
Desde a primeira semana de janeiro, quando houve déficit de US$ 105 milhões, a balança está no vermelho. Na segunda semana, o saldo foi negativo em US$ 589 milhões e, na terceira, em US$ 579 milhões.
O câmbio também exerceu influência nos últimos resultados semanais. Mesmo com as medidas de restrição a importados, o real valorizado torna o produto estrangeiro mais barato.
Fonte: O Globo (1/2/2012)