segunda-feira, 25 de maio de 2015

Partiu minha querida mãe

Ela veio ao meio ouvido hoje a tarde e me sussurrou, "pode ir meu filho..."  era uma voz suave e tranquila.

Tive então força para ficar os últimos minutos ao seu lado. Não pude mais fazer nada. Já não tinha mais como.

Não conseguia pensar, procurava encontrar algum sentido naquilo, buscar em algum ponto do horizonte, do espaço e tempo uma resposta, por que dói tanto?

Minha verdade é que doi porque uma parte de nós também morre. Ao partirem nossos pais, uma parte de nós vai com eles e não conseguimos controlar isso, não conseguimos mudar.

Alguns diriam que é Deus outros que é a natureza, talvez ambos estejam certos ou não,  prefiro acreditar que é assim,  simplesmente assim,  por  obra de Deus e da natureza.

Em nossa condição humana, não conseguimos controlar ou mudar essa verdade.

Como as lágrimas me impedem a fala, escrevo como uma estratégia para colocar para fora e tentar expurgar este sofrimento.

Aceito minha condição humana e conviverei com esta dor da ausência para sempre,  assim como ela me disse,  seguirei em frente.

Até mais Herminia, dona Nezinha como muitos a chamavam, mãe e maezinha como eu chamava, continuarei amando muito você.

Agradeço a todos os amigos que me escreveram, estiveram presentes diretamente e indiretamente, que rezaram por mim, e que desejaram pêsames,  paz, conforto e outros sentimentos positivos neste momento de terrível perda. Obrigado e Forte abraço.

Não,  não estarei  bem por um tempo, mas a vida segue.

Abraços. Pierre Januário.

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