quarta-feira, 27 de março de 2013

O desafio do trabalho em grupo nas faculdades



São Luís/MA, 27 de Março de 201. Por: Prof. MSc. Adm. Pierre Januário.

O trabalho desenvolvido nas academias, nos cursos de Administração, Economia e Contabilidade, principalmente, são reflexos das demandas que serão enfrentadas no mercado do trabalho. Análises, pareceres, relatórios, diagnósticos, avaliações, conclusões, opiniões, estudos..., farão parte do dia-a-dia dos melhores profissionais, que atuarão no planejamento e avaliação de projetos e processos organizacionais das mais diversas naturezas e vertentes.

Um número grande dessas ações, não serão desenvolvidas apenas de forma solitária, tanto por suas complexidades, quanto por suas dimensões e pela limitação de tempo, mas deverão ser construídas em partes, por profissionais diferentes, de especialidades diferentes e por vezes em sites diferentes, que podem englobar inclusive Municípios, Estados ou Países diferentes, sem falar da tendência de trabalho em casa.

Diante deste contexto, o trabalho em grupo, apesar de realizado por atores diferentes, com especialidades diferentes e em locais diferentes, deverá conter uma mesma estratégia, um mesmo sentido, refletir uma mesa orientação e ideia, sem perder vista os conhecimentos técnicos específicos de cada área. Este trabalho final deverá conter a mesma “cara”, concatenado, como um carro com diversas partes produzidas em locais diferentes, mas todas com um mesmo fim, ou seja, a locomoção do passageiro.

Ao avaliar trabalhos em grupo produzidos em nossas faculdades, percebo a ausência de conexões entre os textos, os conceitos, as influências... a ausência de verbos e ideias de ligação entre um parágrafo e outro, e o que é pior, o total desconhecimento dos autores quanto ao todo produzido, ou seja, cada um produziu a sua parte, sem preocupação em conhecer e compreender o todo, o final, a conclusão, ele não apresentam condição de opinar sobre o trabalho final, sobre caminhos, alternativas e críticas, pois se preocuparam apenas com o “parafuso” e não com a função deste “parafuso” no motor.

Minha orientação é que os grupos façam individualmente, mas discutam antes coletivamente, aonde cada um apresente um resumo de “sua parte”, para influenciar os demais textos produzidos e ser influenciado por outras visões, além de trocar fontes de referência, expectativas e desafios.  Depois do material produzido alguém ou alguns deve/devem fazer a ligação dos textos produzidos, fazer a interpretação e avaliação se o texto final atende o objetivo da demanda solicitada, se existem repetições, incoerências, e alinhamento estratégico. Neste momento correções e ajustes podem ser feitas, objetivando um trabalho final consistente e coerente.

Por fim, todos precisam tomar conhecimento e se apropriarem do produto final, ler o trabalho final, propor ajustes e alinhamentos finais, compreender como sua parte é importante, se relaciona e influencia o todo. Cumprida estas etapas o trabalho em grupo vale a pena e contribuirá com o desenvolvimento individual e coletivo dos alunos.


Prof. MSc. Adm. Pierre Batista Moraes Januário
Administrador, MSc. Gestão Empresarial, MBA Gerenciamento de Projetos, Esp. Desenvolvimento Econômico Local, Esp. Gestão de Negócios, Professor de Comércio Exterior / Finanças / Gestão de Projetos e Desenvolvimento Econômico Local.

Nenhum comentário: