VI Congresso Brasileiro de Gerenciamento de Projetos – Fortaleza/CE, Fórum Internacional de Governo, 03/11/11

Foi o primeiro dia da minha participação no VI Congresso Brasileiro de Gerenciamento de Projetos em Fortaleza/CE. Participei de diversas palestras no Fórum Internacional de Governo, foram abordados vários aspectos dentre eles, a gestão de recursos humanos em projetos, ações de planejamento e gestão de projetos em governos estaduais, implantação de PMO´s, comunicação em projetos e maturidade de gerenciamento de projetos. Todas essas abordagens consideram a aplicação de gerenciamento de projetos no setor público.

Abaixo segue resumo dos temas apresentados:

1. o desenvolvimento de pessoas para o gerenciamento de projetos através de programas de treinamentos institucionalizados, participação em seminários, congressos e benchmarketing, bem como foi chamada atenção para a experiência de trabalho em conjunto com instituições nacionais e internacionais, bancos, universidades e ong´s;

2. a divulgação e publicação de informações levantadas nos projetos aos gestores, técnicos envolvidos e comunidade, como um instrumento de comunicação e transparência;

3. o mapeamento e monitoramento de indicadores de impacto e resultados associados à projetos e estrategias públicas, sendo que, um grande desafio é monitorar e divulgar os resultados;

4. como um novo elemento na discussão de gerenciamento de projetos, foi apresentado pelo Subsecretário de Planejamento e Projetos do Governo do Espírito Santo a necessidade de abordar o "belo" nos projetos, além do tripé escopo, custo e tempo, a inserção do "belo" como um elemento diferencial nos projetos, deve-se ir além da metodologia e da técnica, bons projetos são diferentes por serem gerenciados por profissionais diferentes. Esse aspecto aborda a necessidade dos profissionais irem além dos livros, é necessário conhecimento do mundo, da natureza, da poesia, da cultura ou seja, do belo;

5. a necessidade de comunicação e mudança de modelos mentais adotados, como elementos agregadores na gestão de projetos e direcionadores dos recursos humanos para o alcance de objetivos comuns, tanto das pessoas, quanto das empresas e dos projetos;

6. foi também discutida a necessidade de abordagens mais simples, mais leves em escritórios de gerenciamento de projetos. O PMO não deve engessar o processo, deve convencer, influenciar, evangelizar, encantar as pessoas, a adesão deve ser por convencimento e não pela força;

7. discutiu-se a maturidade em escritório de projetos e a necessidade de manutenção dos times de trabalho como uma estratégia de sucesso. Um ponto muito interessante abordado foi a existência de múltiplas metodologias dentro da mesma organização, reconhecendo-se a existência de necessidades e maturidades diversas, metodologias para seminários, para engenharia, para tecnologia da informação, para processos, para programas... Essa abordagem pode ser um diferencial dentro das organizações.

Por fim destaco alguns aspectos realmente novos apresentados e que ainda deverão ser tratados mais intensamente no futuro: (I) a necessidade de comunicação e mudança de modelos mentais para o alcance de sucesso nos projetos, (II) a adoção do belo e da persistência em gestão de projetos e (III) adoção de múltiplas metodologias dentro da mesma organização como constatação de maturidade.

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Pierre Januário