terça-feira, 23 de novembro de 2010

Argentina amplia restrições protecionistas contra o Brasil

23/11/2010 - 08h28

Argentina amplia restrições protecionistas contra o Brasil


JULIANA ROCHA
DE BRASÍLIA


O governo argentino abriu uma ação comercial contra uma fabricante de peças de automóveis. A medida mostra a disposição do país vizinho de aumentar o protecionismo contra o Brasil.

A primeira reação do governo brasileiro será de tentar reverter a ação comercial em reunião com o governo argentino nos dias 2 e 3 de dezembro. O presidente Lula também deve abordar o assunto com a colega argentina, Cristina Kirchner, na reunião da Unasul, na sexta.

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Folha apurou que, se o país vizinho não ceder e, ao contrário, tomar novas medidas protecionistas, o Brasil promete retaliar.

A primeira reação será recorrer à OMC, mas outros mecanismos podem ser usados, como as chamadas licenças não automáticas de importação, que atrasa a liberação de mercadorias importadas e desestimula essas vendas.

Um integrante da equipe econômica lembrou que as importações de peças do Brasil são fundamentais para as montadoras de automóveis argentinas, que exportam carros de volta para o Brasil.

Se o governo brasileiro restringir essas vendas, muitos empregos serão perdidos no país vizinho.

O alvo do governo argentino foi a fabricante de peças de automóveis Tupy, controlada pelo BNDESpar e pelo fundo de pensão Previ, dos funcionários do BB.

A empresa confirmou à Folha que, na sexta-feira passada, a Argentina impôs uma ação antidumping, aumentando para 143% o Imposto de Importação de conexões de ferro brasileiros que forem vendidos ao país. A Tupy é a única fabricante nacional desse produto.

A empresa informou à Folha, pela assessoria de imprensa, que seu principal mercado no exterior são os EUA e também vende para Europa e Oriente Médio. As restrições impostas pela Argentina não terão grande impacto no faturamento.

GUERRA COMERCIAL

A guerra comercial entre Brasil e Argentina teve um capítulo recente. Em outubro de 2008, o país vizinho adotou medidas protecionistas contra os produtos nacionais, usando as licenças não automáticas de importação.

O Brasil retaliou em janeiro do ano passado, com as mesmas licenças.

A medida contra a Tupy vale por cinco anos e foi adotada também contra a China, mas com alíquota de 295%.

Segundo o Ministério da Indústria da Argentina, a decisão foi tomada com base num relatório da Secretaria de Indústria e Comércio, que detectou prejuízos na indústria nacional causados por importações que configuravam dumping.

As duas empresas nacionais, Dema e Águila Blanca, que empregam 500 funcionários, haviam perdido participação no setor, caindo de 37% em 2006 para 22% em 2009. Simultaneamente, as importações do Brasil passaram de 30% para 33%, e as chinesas, de 32% para 44%.

Colaborou GUSTAVO HENNEMANN, de Buenos Aires

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/834706-argentina-amplia-restricoes-protecionistas-contra-o-brasil.shtml

terça-feira, 9 de novembro de 2010

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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Importações crescem quase 4 vezes acima da demanda

Sergio Lamucci, de São Paulo
09/08/2010
Valor Econômico > Impresso > Brasil
 
As importações avançam a um ritmo forte neste ano, crescendo a uma velocidade muito superior à da demanda interna. No primeiro semestre, o volume total importado cresceu 42,1% em relação à primeira metade de 2009, o equivalente a 3,6 vezes a taxa de expansão da demanda doméstica no período, estimada em 11,8% pelo J. P. Morgan.

É uma proporção bem maior que as 2,5 vezes de 2008, quando a economia também registrou um crescimento expressivo. Naquele ano, a importação cresceu 17,7% e a demanda doméstica - o conjunto formado pelo consumo das famílias, consumo do governo, investimento e variação de estoques -, 7%.

Segundo analistas, a velocidade das importações é de fato muito forte, estimulada pela atividade interna e pelo câmbio valorizado, mas é bastante influenciada pela fraca base de comparação.

Em 2009, o volume importado recuou 16,9%, lembra o economista-chefe da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), Fernando Ribeiro. "Foi uma queda também mais forte do que sugeria o comportamento da economia." Em 2009, a demanda doméstica caiu 0,3%. Para Ribeiro, não há sinais de que esteja em curso uma mudança de padrão da resposta das importações à atividade econômica.

A proporção entre o crescimento das compras externas e o da demanda doméstica no primeiro semestre deste ano também não é inédita nesta década. Em 2004, o volume importado subiu 18,1%, equivalente a 3,6 vezes o ritmo da absorção doméstica, de 5%. O salto do volume importado também se deu sobre uma base deprimida, já que as compras externas haviam recuado 16,2% no acumulado de 2002 e 2003.

Mas uma alta superior a 40% do volume importado não é alta demais? O economista Júlio Callegari, do J. P. Morgan, diz que o número é realmente expressivo, mas observa que a taxa de expansão da demanda doméstica, superior a dois dígitos, também é muito significativa. Mesmo em 2008, quando a economia estava muito aquecida, o crescimento mais forte do ano foram os 9,5% do terceiro trimestre.

Para Callegari, o aumento das importações é hoje mais uma complementação da oferta do que uma substituição da produção doméstica. Um sinal disso é que, mesmo com as importações em alta, a indústria local cresce a um ritmo forte. No segundo trimestre, porém, houve alguma desaceleração da expansão da produção industrial, enquanto as importações cresceram mais intensamente, nos dois casos na comparação com o mesmo período do ano anterior. A indústria avançou 14,2% de abril a junho, menos que os 18,2% dos três meses anteriores, ao passo que o volume importado aumentou 37,8% no primeiro trimestre e 46,1% no segundo.

Indicadores da Funcex de junho, contudo, sugerem um ritmo mais fraco das importações de bens intermediários (insumos e matérias-primas), bens duráveis e combustíveis. As compras de duráveis aumentaram 48,3% em junho, bem menos que os 70,9% acumulados no primeiro semestre. Já a importação de bens de capital aumentou 58,4% em junho, mais de duas vezes a taxa do primeiro semestre, de 26,1%, um sinal que mostra o empenho das empresas em ampliar a capacidade produtiva.

Com importações crescendo bem mais que a produção local, a participação dos produtos estrangeiros no consumo interno de bens industriais deve continuar a crescer nos próximos trimestres, diz o economista Douglas Uemura, da LCA Consultores. Ele acredita que, depois de atingir o recorde de 18,3% no segundo trimestre, a fatia dos importados vai aumentar menos daqui para frente, dada a atividade mais fraca. Para Uemura, boa parte do aumento das importações é complementação da oferta, mas há exemplos claros de substituição. "No caso de produtos têxteis de baixo valor agregado, há muitas dificuldades para competir com os chineses, por causa do custo", diz ele, citando um setor em que a fatia dos importados cresce bastante.

Segundo Callegari, um ponto importante para os próximos anos é se o investimento em curso na indústria vai aumentar a capacidade de oferta local, a ponto de moderar o avanço rápido da participação dos importados. As empresas têm investido bastante, como mostram as previsões de uma alta de até mais de 20% neste ano para as inversões na construção civil e em máquinas e equipamentos, mas a questão ainda está em aberto, diz ele.

Importados já são 18% do consumo

Impulsionada pela força da demanda interna e pelo dólar barato, as compras externas avançam a um ritmo impressionante
A participação das importações no consumo doméstico de bens industriais ganha rapidamente terreno neste ano. No segundo trimestre, ficou em 18,3%, o nível mais elevado da série da LCA Consultores, iniciada em 2002, muito acima dos 14,9% do mesmo período de 2009. Impulsionadas pela demanda interna e pelo dólar barato, as compras externas avançam a um ritmo impressionante. De abril a junho, o volume importado cresceu 46,1% sobre os mesmos meses do ano passado, expansão ainda maior que a de 37,8% do trimestre anterior.

O economista Douglas Uemura, da LCA, diz que o aumento da participação dos importados retoma um movimento interrompido pela crise de 2008. Quando a situação se normalizou, as importações voltaram a crescer aceleradamente, em resposta à expansão da demanda e à queda do dólar.
Ele observa, porém, que a alta da participação das importações não é generalizada. Ocorre com mais força em setores como têxteis, materiais eletrônicos e aparelhos de comunicação, metalurgia básica e máquinas, aparelhos e materiais elétricos. Neste último item, atingiu 27,5% no segundo trimestre, o mais alto da série iniciada em 2002. Já nos segmentos de máquinas e equipamentos, calçados, petróleo e carvão, a parcela dos produtos estrangeiros está abaixo dos níveis de 2008, quando a economia e as importações cresciam muito.
Para o economista Júlio Callegari, do J. P. Morgan, a combinação da fraqueza da economia global com a força da demanda interna é um poderoso incentivo à alta das importações, ainda mais com o câmbio sobrevalorizado. Por aqui, alguns setores começam a bater no limite da capacidade produtiva, enquanto muitos países têm grande ociosidade na indústria. "Isso torna o produto estrangeiro ainda mais competitivo". Nesse quadro, a fatia das importações avança, mesmo com a produção industrial brasileira em alta: de janeiro a junho, cresceu 16,2%.

    Sergio Lamucci, de São Paulo
    09/08/2010

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

FLAC - Apresente seu projeto

FLAC - Apresente seu projeto




FLAC - Apresente seu projetoVocê tem a oportunidade de mobilizar R$ 5.000 para a sua organização no Festival de Captação de Recursos 2010. Quer participar? A ABCR, em parceria com a International Fundraising, está promovendo o 1º concurso CARA A CARA - MOBILIZANDO RECURSOS NA PRÁTICA.

Todas as pessoas inscritas, representando uma organização, podem concorrer a uma doação de R$5.000 para a melhor solicitação cara a cara.

É muito simples participar. Basta enviar um pedido de doação por e-mail, como se estivesse solicitando recursos a um doador, e nos convencer de que a sua organização precisa e deve receber o prêmio de R$5.000.

Você pode enviar a solicitação em diversos formatos: vídeo, áudio, texto, como achar melhor. Cinco pessoas / organizações serão escolhidas e cada uma terá 5 minutos para realizar um pedido de doação durante o evento para um grupo de pessoas.  A melhor solicitação ganhará R$ 5.000 para investimento na organização. Lembre-se, o pedido precisa ser claro, relevante e ter no máximo 5 minutos de duração.

O que você precisa?

  • Estar inscrito no evento
  • Enviar a sua solicitação até o dia 20 de agosto
  • Estar presente na abertura do evento, quando serão anunciados os cinco finalistas
  • Apresentar seu caso para o grupo de pessoas que escolherá o vencedor.
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domingo, 30 de maio de 2010

Ministro argentino nega barreiras contra produtos brasileiros

28/05/2010 - 11h32

Luiz Antônio Alves

Da Agência Brasil

Brasília - O ministro argentino do Interior, Florencio Randazzo, negou na noite de ontem (27) que o governo vizinho vá criar barreiras à importação de produtos brasileiros para proteger similares nacionais. Randazzo disse também que não recebeu reclamações do governo brasileiro sobre isso.

"O Brasil e a Argentina estão juntos na Organização Mundial do Comércio (OMC), e vamos respeitar todas as normas que foram estabelecidas para que não haja nenhum tipo de problema com as importações, muito menos as do Brasil, que tem balança comercial favorável com a Argentina", afirmou o ministro.

Randazzo explicou que, quando se fala em comércio, o que se quer é "defender a indústria e os trabalhadores argentinos, o preço nas gôndolas dos supermercados", mas de nenhuma maneira se deseja um embate com o Brasil. O chefe de gabinete do governo argentino, Aníbal Fernandez, também afirmou na noite de ontem que este não é um assunto que faça o governo "perder as estribeiras".

Pouco antes das declarações de Randazzo e Fernandez, a ministra argentina da Indústria, Débora Giorgi, já havia afirmado que o Brasil não apresentou nenhuma reclamação formal sobre restrições à entrada de produtos brasileiros no país vizinho.

De acordo com a Telam, agência oficial de notícias, por meio de um comunicado à imprensa, a ministra disse que não tinha informações sobre caminhões brasileiros impedidos de cruzar a fronteira. "O Brasil é o nosso principal sócio comercial. Seguiremos trabalhando de maneira conjunta para fortalecer ainda mais essa relação".

A ministra lembrou que o fluxo comercial entre o Brasil e a Argentina aumentou 48% no primeiro quadrimestre de 2010 em relação ao mesmo período do ano passado. A balança comercial registrou déficit de US$ 859 milhões para a Argentina.

Segundo Débora Giorgi, entre janeiro e abril deste ano, as exportações para o Brasil totalizaram US$ 4,096 bilhões, o que significa 39% a mais do que no ano passado. As importações chegaram a US$ 4,955 bilhões, 57% a mais em relação a 2009.

Na tarde de ontem, no Rio de Janeiro, o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, classificou o assunto de "um problema residual, que se resolve".

"É uma medida marcada pela informalidade", disse. "Ela não consta de nenhum texto. Partiu de um funcionário de segundo escalão. Não tenho dúvida de que o impasse será solucionado pela via da negociação".

Na quarta-feira (26), em Brasília, o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, falou sobre o assunto, afirmando que o governo não tem confirmação oficial de qualquer intenção da Argentina de restringir a importação de produtos industrializados brasileiros, mas se isso acontecer serão tomadas medidas de retaliação. O secretário disse que "a orientação é dar reciprocidade. Nossa decisão será fundamentada".

No começo deste mês, a imprensa de Buenos Aires divulgou notícias sobre uma suposta determinação da Secretaria de Comércio do governo argentino instituindo barreiras para a importação de produtos brasileiros no país. A medida entraria em vigor a partir do próximo dia 1º de junho. O principal objetivo dessas barreiras seria proteger produtos argentinos similares.

Pierre Januário.
São Luís/MA

sábado, 29 de maio de 2010

Banco Mundial oferece acesso livre a dados e estatísticas sobre desenvolvimento

Brasília - 20 de abril de 2010 - O Grupo Banco Mundial anunciou este mês que irá oferecer acesso gratuito a mais de 2.000 indicadores sobre finanças, negócios, saúde, economia e desenvolvimento humano, que anteriormente estavam disponíveis apenas para assinantes pagos.

Com esta decisão, que é parte de um amplo esforço para aumentar o acesso à informação do Banco Mundial, pesquisadores, jornalistas, empresários, estudantes e ONGs poderão pesquisa o banco de dados do Banco Mundial através do site em inglêshttp://data.worldbank.org/

Além disso, as informações estarão disponíveis pela primeira vez em outros idiomas além do Inglês, incialmente com 330 indicadores traduzidos para o francês, espanhol e árabe.

"Eu acho que é importante que a informação e o conhecimento acumulado pelo Banco Mundial estejam disponíveis para todos", disse o presidente da instituição, Robert B. Zoellick. "As estatísticas contam a história do povo de países em desenvolvimento e emergentes e podem ser crucial na luta contra a pobreza."

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